Em janeiro o comércio varejista da Bahia indicou uma expansão de 4,4% nas vendas, em relação a igual mês do ano de 2012. Em relação ao período de dezembro de 2012 a janeiro de 2013 , a variação foi de 0,7 % no volume de vendas. Esses dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento.
O crescimento das vendas é reflexo da facilidade de acesso ao crédito, das baixas taxas de juros e do comportamento de redução da taxa de desemprego – que continua em janeiro de 2013 respondendo pela alavancagem nas vendas pelo varejo baiano. É importante destacar que o comportamento das vendas no mês de janeiro foi determinado pelo segmento Outros artigos de uso pessoal e doméstico que expandiu as vendas em 40,7%. Esse desempenho é atribuído às facilidades de aquisição desses produtos, ao comportamento das massas de salários, e as promoções e liquidações realizadas pelos lojistas para escoar os estoques antigos.
Os dados da PMC de janeiro, confrontados com igual mês de 2012, revelaram que dos oito ramos que compõem o Indicador do Volume de Vendas, seis apresentaram resultados positivos: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (40,7%); Tecidos, vestuário e calçados (10,6%); Móveis e eletrodomésticos (7,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,0%); Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,9%); Livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%). Para o subgrupo de Super e hipermercados o resultado apurado foi positivo em 6,0%. O segmento de Combustíveis e lubrificantes pelo quarto mês consecutivo apresentou variação negativa (9,9%), seguido por Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (7,9%).
O segundo segmento a influenciar as vendas no mês, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo com crescimento mensal de 4,9%, continua sendo impulsionado pelo aumento do poder de compra da população decorrente da recuperação do rendimento real médio, a despeito da pressão exercida pela elevação dos preços. Segundo dados do Dieese o valor dos itens básicos de alimentação passou de R$ 227,12 para R$ 267,65. Conforme o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE, nos últimos 12 meses a variação nos preços foi de 12% para o grupo Alimentação no domicílio. A terceira maior contribuição para o varejo baiano, Móveis e eletrodomésticos (7,5%) teve seu resultado atribuído à manutenção do crédito e à redução de preços dos eletroeletrônicos.
A contribuição negativa para o comportamento do varejo baiano, Combustíveis e lubrificantes (9,9%), e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (7,9%), se justifica em razão do peso que o primeiro produto passou a ter na cesta de bens, enquanto o segundo é justificado pela antecipação das compras nos meses de novembro e dezembro que registraram taxas expressivas 53,6% e 45,8% respectivamente.
Fonte:http://www.sei.ba.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1419:vendas-no-comercio-varejista-baiano-crescem-44-em-janeiro&catid=3:destaques