A Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDOI) destacou, nesta quinta-feira (10), que a produção industrial do Brasil apresentou uma queda de 11% no terceiro trimestre de 2015, em comparação com os valores do mesmo período de 2014.
Todos os setores industriais brasileiros tiveram crescimento médio negativo entre julho e setembro de 2015. A retração da produção foi mais acentuada na indústria de automobilística, de equipamentos de informática e também de vestuário.
Em relatório onde avalia as atividades industriais de cada Estado-membro, a UNIDO apontou, como causas da recessão no Brasil, a alta inflação, a moeda enfraquecida, os baixos preços das commodities e conflitos políticos.
O país apresentou a maior queda na produção industrial entre as nações da América Latina, cuja média regional também foi negativa, mas ficou estimada em 3,3%. Na região, apenas o Chile e o México observaram um crescimento em suas atividades industriais, de 2,9 e 0,3%, respectivamente.
No Brasil, a produção do setor de vestuário, por exemplo, teve um decréscimo de 11,2%. Já o setor de alimentos e bebidas experimentou uma retração da produção estimada em 3,2%.
Apesar da recessão acentuada verificada pela UNIDO no Brasil, os índices negativos acompanham a desaceleração econômica que a agência da ONU identificou em países emergentes, como a Rússia, que teve uma queda estimada em 6,4% na sua produção industrial, ao longo do terceiro trimestre de 2015. A China manteve um crescimento positivo (7%), mas em um nível inferior ao esperado.