A inflação calculada pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) ganhou força em julho, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (30) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador, que é usado para calcular o reajuste da maioria dos contratos de aluguel residencial, ficou em 0,69%, ante 0,67% no mês anterior.
Em julho de 2014, a variação foi de -0,61%. A variação acumulada em 2015, até julho, é de 5,05%. Em 12 meses, o IGP-M registrou alta de 6,97%.
Componentes
Entre os componentes do IGP-M, o único indicador que acelerou foi o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPA) – também chamado de inflação do atacado – cuja taxa passou de 0,41% em junho para 0,73% neste mês. Os itens que mais contribuíram para esse movimento foram soja em grão (-0,44% para 5,26%), milho em grão (-4,21% para 2,33%) e aves (0,98% para 5,18%). Esses itens fazem parte do grupo matérias-primas brutas, que passou de 0,24% em junho para 1,57%, em julho.
Em sentido oposto, houve recuo em alimentos in natura, cuja taxa de variação passou de 1,80% para 0,96%, minério de ferro (5,90% para 3,09%), bovinos (-0,26% para -1,32%) e suínos (6,98% para 0,62%).
Houve desaceleração no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) -que é a inflação do varejo-, que passou de 0,83% em junho para 0,6% em julho, com queda nas taxas de despesas diversas (5,47% para 0,52%), com destaque para jogo lotérico (de 49,37% para 1,58%).
Outros destaques são passagem aérea (12,67% para -13,42%), automóvel novo (0,64% para 0,04%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,66% para 0,47%) e roupas femininas (-0,05% para -0,50%).
Na outra ponta, ficaram maiores as taxas de tarifa de eletricidade residencial (0,49% para 2,25%), tarifa de telefone móvel (0,14% para 0,67%) e frutas (-2,31% para 2,82%).
Já a taxa do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) – que mede os preços na construção e tem o menor peso no cálculo do IGP-M – caiu de 1,87% em junho para 0,66% em julho. O índice relativo a materiais, equipamentos e serviços passou de 0,47% para 0,17%. Já o que representa o custo da mão de obra variou de 3,16% para 1,10%.