A inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de menor renda teve forte aceleração em abril, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). Seis das oito classes de despesa registraram taxas mais altas. A inflação dos alimentos cedeu, mas de forma tímida.
O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) subiu 1,05% no mês passado, após se situar em 0,85% em março. Com o resultado mais recente, o indicador acumula alta de 3,10% no ano e de 5,57% em 12 meses. O índice mede a inflação para famílias com renda de até 2,5 salários mínimos.
Em abril, a inflação da baixa renda ficou bem acima da média das famílias medida pelo IPC-BR, de 0,77%. No acumulado em 12 meses, o IPC-C1 ficou abaixo do IPC-BR, que avançou 6,36%.
Seis das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 tiveram alta mais expressiva de março para abril: Saúde e cuidados pessoais (0,29% para 1,68%), Habitação (0,54% para 0,73%), Transportes (0,28% para 0,68%), Vestuário (0,33% para 0,71%) e Despesas diversas (0,21% para 0,36%). Comunicação saiu de queda de 0,22% para recuo de 0,03%.
Nesses grupos, os destaques partiram dos itens: medicamentos em geral (0,03% para 2,45%), tarifa de eletricidade residencial (0,19% para 2,41%), tarifa de ônibus urbano (-0,08% para 0,80%), roupas (0,43% para 0,77%), clínica veterinária (0,14% para 1,03%) e tarifa de telefone residencial (-0,49% para -0,12%), respectivamente.
Em contrapartida, tiveram taxas mais baixas Educação, leitura e recreação (0,85% para -0,40%) e Alimentação (1,85% para 1,69%), sobressaindo os itens passagem aérea (13,34% para -29,23%) e hortaliças e legumes (19,55% para 5,52%), nesta ordem.