O Brasil tem a quarta moeda mais valorizada do mundo, perdendo apenas para Suíça, Noruega e Dinamarca. A conclusão é tirada a partir do preço do Big Mac, o conhecido sanduíche da rede de fast food McDonald’s. O Brasil tem o quarto Big Mac mais caro do mundo: em dólares, custa US$ 5,21.
O “índice Big Mac” é feito pela revista britânica “The Economist” e sua mais recente edição foi apresentada na penúltima quinta-feira.
O ranking lista o preço do sanduíche em vários países do mundo e na zona do euro, para comparar a valorização de diferentes moedas.
O preço de US$ 5,21 no Brasil demonstra uma valorização de 8,7% do real em relação ao dólar. Na Suíça, o país em que o Big Mac é mais caro, o preço é de US$ 7,54. Na Noruega, segundo país com moeda mais valorizada, é de US$ 6,30.
Na Dinamarca, US$ 5,38.
O preço do lanche nos Estados Unidos é usado como base na pesquisa. Atualmente, ele está em US$ 4,79.
Se um sanduíche em determinado país é mais caro do que esse valor, a moeda está valorizada em relação ao dólar. Caso contrário, se o sanduíche for mais barato do que nos EUA, a moeda está desvalorizada.
Entre os países pesquisados pela “Economist”’, o sanduíche é mais barato em países como na Rússia (US$ 1,36), Venezuela (US$ 2,53), China (US$ 2,77) e Japão (US$ 3,14).
Metodologia
O Índice Big Mac foi criado para explicar um conceito econômico chamado paridade de poder de compra. Por esse conceito, a longo prazo o mercado de câmbio deveria se ajustar para que o valor de um dólar fosse equivalente em qualquer país. Se houvesse paridade, o preço de um produto —nesse caso um Big Mac, que é feito com os mesmos ingredientes em quase todos os lugares pesquisados— deveria ser o mesmo em todo o mundo.