O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou em julho o terceiro mês seguido de queda, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador — que serve de referência para reajuste de contratos, como os de aluguéis — registrou deflação de 0,61%, após recuar 0,74% em junho.
Embora menor que a do mês passado, a retração de julho no IGP-M superou as expectativas dos economistas ouvidos pelo Valor Data. A média de 17 instituições estimava queda de 0,50%.
Com o resultado de julho, o IGP-M acumula avanço de 1,83% no ano e de 5,32% em 12 meses. Em julho de 2013, o índice havia subido 0,26%. O IGP-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Novamente, a retração do IGP-M foi puxada pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) — que tem peso de 60% nos IGPs, influenciado pelos produtos agropecuários. O IPA caiu 1,11% em julho, após registrar baixa de 1,44% em junho. Os itens de origem agropecuária foram de recuo de 3,73% para declínio de 2,66% entre junho e julho. Os produtos industriais saíram de baixa de 0,55% para queda de 0,53%.
No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que representa 30% dos IGPs, desacelerou o ritmo de alta, passando de 0,34% para 0,15% de aumento do sexto para o sétimo mês de 2014. A principal contribuição para este movimento foi do grupo Educação, leitura e recreação (0,62% para -0,04%). Nesta classe de despesa, vale destacar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de elevação de 2,98% para decréscimo de 13,11%.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em julho, aumento de 0,80%, abaixo do resultado de junho, de 1,25%. O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços subiu 0,45% e aquele que representa o custo da Mão de Obra registrou variação positiva de 1,11%.