O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou deflação de 0,27% em agosto, após ter recuado 0,61% em julho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com isso, o indicador tem resultado negativo pelo quarto mês consecutivo, o que não se repetia desde 2009. No ano, o IGP-M acumulou alta de 1,56% e, em 12 meses, apresentou avanço de 4,89%. O índice é geralmente usado como referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel.
O resultado de agosto ficou acima da média das previsões de 16 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de queda de 0,32%.
No atacado, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) teve variação negativa de 0,45%, seguindo baixa de 1,11% em julho. Os produtos agropecuários passaram de queda de 2,66% em julho para recuo de 0,93% em agosto e o produtos industriais foram de decréscimo de 0,53% para recuo de 0,27%.
No varejo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou de uma alta de 0,15% para 0,02% entre julho e agosto, influenciado pelo grupo Habitação, que saiu de avanço 0,48% para 0,29% no período. Nessa classe de despesa, a FGV destacou a taxa de água e esgoto residencial (-0,66% para -0,91%). Houve deflação em Alimentação (-0,11%), Vestuário (-0,72%), Transportes (-0,03%) e Comunicação (-0,38%).
Por fim, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) teve elevação de 0,19% em agosto, vindo de uma alta de 0,80% um mês antes. O índice referente a materiais, equipamentos e serviços subiu 0,15% enquanto aquele relativo à mão de obra aumentou 0,23%. Ambas taxas foram menores do que as apuradas em julho.