As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela SEI em parceria com o DIEESE, SEADE e SETRE, mostram que, em janeiro, a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador permaneceu estável em 16,3% da População Economicamente Ativa (PEA), depois de quatro meses consecutivos em declínio. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto passou de 11,3% para 11,2% e a de desemprego oculto, de 5,0% para 5,1% no período em análise.
Em janeiro, o contingente de desempregados foi estimado em 304 mil pessoas, 1 mil a menos que no mês anterior. Essa relativa estabilidade deveu-se à combinação entre a saída de 7 mil pessoas da PEA e a eliminação de 6 mil postos de trabalho. No mês em análise, a taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – passou de 58,2% para 57,9%.
O contingente de ocupados apresentou ligeira variação negativa (0,4%), passando de 1.564 mil para 1.558 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, houve crescimento apenas na Indústria de transformação (10 mil ou 8,1%) e relativa estabilidade no setor de Serviços (+2 mil ou +0,2%), enquanto reduziu o contingente ocupado na Construção (7 mil ou 4,6%) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (7 mil ou 2,3%).
Segundo a posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados apresentou pequena variação positiva no mês de janeiro (7 mil ou 0,7%). O nível ocupacional se elevou no setor privado (10 mil ou 1,1%) e diminuiu no setor público (3 mil ou 2,1%). No setor privado, o número de ocupados cresceu entre aqueles com carteira assinada (14 mil ou 1,7%) e reduziu entre os sem carteira (4 mil ou 3,5%). Registrou-se declínio no contingente de trabalhadores autônomos (8 mil ou 2,7%) e no de empregados domésticos (5 mil ou 3,9%). O número de ocupados permaneceu estável na categoria Outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros.
No mês de dezembro, o rendimento médio real apresentou leve aumento para os ocupados (0,8%) e não variou entre os assalariados. Seus valores passaram a equivaler a R$ 1.285 e R$ 1.376, respectivamente.
No mesmo período, a massa de rendimento médio real elevou-se para os ocupados (1,0%), devido ao aumento do rendimento médio real, já que o nível ocupacional ficou relativamente estável. Entre os assalariados, houve declínio (0,4%), devido à pequena redução do nível de emprego, já que o rendimento médio real manteve-se praticamente estável.
Entre os meses de janeiro de 2014 e 2015 a taxa de desemprego total diminuiu ao passar de 17,0% para os atuais 16,3% da PEA. Esse resultado deveu-se à redução da taxa de desemprego aberto, de 12,4% para 11,2%, já que a de desemprego oculto aumentou de 4,6% para 5,1%.
Nos últimos 12 meses, o contingente de desempregados decresceu em 17 mil pessoas. Esse resultado deveu-se à saída de 24 mil pessoas da PEA, número superior ao do declínio do contingente ocupado (7 mil). A taxa de participação diminuiu de 59,7% para os atuais 57,9%.
No período em análise, o número de ocupados apresentou pequeno declínio (0,4%) (Tabela 2 e Gráfico 2), passando de 1.565 mil pessoas para 1.558 mil. Entre os setores de atividade econômica analisados, o nível ocupacional elevou-se nos Serviços (22 mil ou 2,4%) e, em menor proporção, na Indústria de transformação (1 mil ou 0,8%), enquanto reduziu na Construção (12 mil ou 7,6%) e no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (7 mil ou 2,3%).
Segundo a posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado ficou relativamente estável (-2 mil ou -0,2%), devido à redução no setor público (11 mil ou 7,2%), amenizada pelo crescimento no setor privado do (11 mil ou 1,2%). No setor privado, registrou-se aumento no número de assalariados com carteira de trabalho assinada (21 mil ou 2,6%) e decréscimo no de sem carteira (10 mil ou 8,4%). Houve declínio no agregado Outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (3 mil ou 4,3%) e entre os trabalhadores Autônomos (2 mil ou 0,7%), enquanto o contingente de empregados Domésticos não variou.
Entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014, o rendimento médio real permaneceu em relativa estabilidade entre os ocupados (+0,1%) e apresentou leve aumento entre os assalariados (0,7%).
Nesse período, a massa de rendimentos elevou-se para os ocupados (0,7%) e para os assalariados (1,6%). No caso dos ocupados, a elevação deveu-se ao crescimento do nível ocupacional, dado que o rendimento médio real ficou relativamente estável. Entre os assalariados, o acréscimo resultou da elevação do nível de ocupação e, em menor intensidade, do salário médio real.