O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, informou nesta terça-feira, 30, que a projeção do BC para a dívida bruta em setembro é de que avance para o equivalente a 60,2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em agosto, essa proporção estava em 60,1%. Desde o ano passado, esse indicador vem piorando gradativamente. Em dezembro de 2013 essa relação era de 56,7%.
Swap
O chefe do Departamento Econômico do Banco Central previu duas mudanças importantes nas contas públicas de setembro, que devem ser influenciadas pela alta recente do dólar. Com o câmbio, de acordo com ele, o BC deve registrar resultado negativo este mês com as operações de swap cambial.
Depois de registrar um resultado negativo de R$ 2,583 bilhões com operações de swap cambial em julho, o BC voltou a ter ganhos com a oferta de hedge ao mercado em agosto. O “lucro” da entidade no mês passado foi de R$ 2,479 bilhões.
No acumulado dos oito primeiros meses do ano, os ganhos da autarquia com essas operações foram de R$ 20,071 bilhões. Até então, além de julho, apenas em janeiro o BC registrou “prejuízo”, de R$ 3,920 bilhões, com essas operações em 2014.
Por outro lado, a relação da dívida com o Produto Interno Bruto (PIB) deve recuar de 35,9% em agosto para 35,00% este mês. Ele salientou que essa taxa de 35,9% é a maior desde março de 2012. Esse movimento ocorre, segundo o economista, porque o País é credor em dólar.