Com o objetivo de discutir propostas para o crescimento econômico do estado, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) promoveu o debate “O futuro da economia baiana”, no dia 13/11, na FIEB. O encontro faz parte de um ciclo de eventos que serão realizados pela SDE para a construção do Plano de Desenvolvimento Integrado da Bahia – PDI 2035. O Conselho Regional de Economia da Bahia (Corecon-BA) participou da reunião, representado pelo economista e conselheiro Oswaldo Guerra. “Esta é uma iniciativa que o Corecon apoia por entender que o Planejamento é fundamental para o processo de desenvolvimento, apontando caminhos e tendências”, afirma Guerra.
O plano tem como objetivo criar as diretrizes para um modelo de desenvolvimento econômico socialmente inclusivo, em bases modernas e competitivas para a Bahia. “Além da articulação com o setor privado e a sociedade civil organizada, é vital que haja continuidade nas estratégias e ações delineadas – que seja um plano do Estado da Bahia e não um plano de governo”, defende Oswaldo Guerra.
PDI 2035
Pensar a Bahia até o ano de 2035 com estratégias que contemplem os diversos segmentos da sociedade é o desafio da SDE, Secretaria de Planejamento (Seplan) e CODES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) em parceria com as demais secretarias de governo, cuja proposta é romper um histórico de 40 anos abaixo de 50% da renda per capita nacional. “Num país onde as mudanças de cenários acontecem de forma muito rápida, propor um plano de ação de longo prazo é difícil, mas é viável desde que haja revisões periódicas, adequando as atuais demandas sociais”, conclui o conselheiro do Corecon BA, Oswaldo Guerra.
Entre os palestrantes convidados, Paulo Cavalcanti (UFPB), que veio até a Bahia dividir suas experiências na Paraíba e falar dos desafios e possíveis soluções para o Desenvolvimento do NE/BA, defendeu o aumento da produtividade, mudanças tecnológicas, financiamento e uma agenda de pesquisa voltada para o crescimento econômico do Nordeste.
“Mais importante que o plano é o processo. Planos podem ter vários, se o processo for bem feito, qualquer plano que for aplicado dará certo”, afirma Cavalcanti, que continua, “o Nordeste precisa de uma integração maior entre seus estados e de um plano pensado, focado e desenvolvido na estratégia regional. Planejar será sempre necessário, mas mais do que isso, é preciso ressignificar o Nordeste e usar as vantagens competitivas a nosso favor”, finalizou.
Em seguida, Vladson Menezes, diretor executivo da FIEB e Guilherme Dietze, da Fecomercio, falaram sobre futuro da Indústria Baiana e do Setor de Comércio e Serviços. Um dos pontos comuns foi a forte articulação indústria-serviços, com intensa participação da indústria no desenvolvimento de inovações do setor de serviços com vista à produção de bens cada vez mais sofisticados.
“A competitividade será cada vez mais resultado da capacidade de desenvolver e gerenciar serviços sofisticados e colocá-los dentro de bens e de outros serviços, para isso, precisamos aumentar cada vez mais a articulação entre indústria e serviços”, disse Vladson Menezes.
Guilherme Dietze destaca os entraves que atrapalham a evolução do setor de Comércio e Serviços. “O baixo nível educacional, a barreira com línguas, principalmente no turismo, a qualidade do atendimento, a velocidade da inovação, a informalidade e a dependência econômica são os principais entraves a serem vencidos para a construção de um futuro econômico mais forte”.
*Com informações da SDE