A inflação no Brasil, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), foi de 0,79% em junho, divulgou hoje o IBGE.
A taxa acelerou em relação a maio, quando foi de 0,74%, e é quase o dobro de junho do ano passado (0,40%).
O acumulado nos últimos 12 meses chegou a 8,89%, muito acima da meta do governo (que é de 4,5% com tolerância de dois pontos para cima ou para baixo).
A taxa do primeiro semestre ficou em 6,17%, a mais alta para o período desde 2003, quando foi de 9,30%.
Grupos
A alta foi puxada por uma aceleração das Despesas Pessoais, que foi de 0,74% em maio para 1,63% em junho.
Este grupo sofreu a influência de um reajuste de 30% nos jogos de azar, que sozinhos tiveram um impacto de 0,12 ponto percentual no índice final, e de uma alta no item empregado doméstico, que subiu 0,66%.
Transportes foi de uma queda de -0,29% em maio para uma alta de 0,70% em junho devido a um aumento das passagens aéreas, que subiram 29% no mês e tiveram impacto de 0,10 ponto percentual no IPCA final.
Em relação ao mês anterior, dois grupos importantes desaceleraram. Alimentação e Bebidas foi de 1,37% para 0,63% e teve alta forte na cebola (23%) e quedas no tomate (-12%) e na cenoura (-10%).
Habitação caiu de 1,22% para 0,86, mas teve influência de um reajuste de 4,95% na taxa de água e esgoto, responsável sozinho por 0,07 ponto percentual no IPCA do mês.