A inflação no Brasil foi de 1,01% em novembro, informou hoje o IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
É uma aceleração em relação aos 0,82% registrados em outubro e também o IPCA mais alto para um mês de novembro desde 2002, quando foi de 3,02%.
A taxa acumulada em 12 meses passou a barreira dos dois dígitos e chegou a 10,48%, bem acima da meta do governo (que é de 4,5% com tolerância de dois pontos para cima e para baixo).
O país não tinha uma inflação anualizada tão alta desde novembro de 2003, quando este acumulado chegou a 11,02%.
Grupos
Dos 9 grupos de produtos e serviços monitorados pelo IBGE, só 3 tiveram queda em novembro em relação ao mês anterior: Despesas Pessoais, Transportes e Artigos de Residência.
A alta de 4,16% nos combustíveis (3,21% na gasolina e 9,31% no etanol) lidera como principal impacto da cesta: 0,21 ponto percentual sobre a taxa final.
O grupo Alimentação e Bebidas, de maior peso no índice final, pulou de 0,77% em outubro para 1,83% em novembro e teve impacto de 0,46 ponto percentual sobre o IPCA total do mês.
O mês registrou alta em vários itens importantes como batata inglesa (27,46%), tomate (24,65), açúcar refinado (13,15%) e cebola (10,39%). Poucos tiveram queda, como carnes industrializadas (-0,79%) e leite (-0,76%).
Comunicação teve um pulo grande (de 0,39% em outubro para 1,03% em novembro) puxada por um aumento de 1% nas tarifas de telefonia fixa e 2,13% nas de telefone celular.
Dentro dos índices regionais, o mais baixo foi de Brasília (0,66%) e o mais alto foi de Goiânia (1,44%). Com maiores pesos relativos, as altas em São Paulo e Rio de Janeiro foram de 0,88% e 1,24%, respectivamente.