O Índice de Commodities Agrícolas da Bahia (ICAB-SEI) acompanhado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/SEPLAN) registrou, em março, sua quinta alta consecutiva, com taxa de 2,4% acima do mês anterior. O indicador chegou aos 110,8 pontos, sendo que seis dos dez produtos agrícolas que compõem o índice tiveram alta nos preços, outros três registram queda, e somente o milho permaneceu com o mesmo preço do mês de fevereiro. A elevação deveu-se à continuidade do aumento do café, mamão, manga e uva, além da alta mensal do feijão e da laranja. Algodão, cacau e soja apresentaram queda em seus preços. Entretanto, na comparação com fevereiro de 2013, o ICAB apresentou uma queda de 24,76%.
O feijão apresentou forte alta em seu preço (78,28%). Os bons resultados da terceira safra de 2013 parecem não ter conseguido segurar a demanda pelo produto. Algumas regiões produtoras do Brasil passam por condições climáticas adversas, o que, consequentemente, provoca redução da oferta. Entretanto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, existe um queda no preço de 48,62%.
Os preços do café aumentaram novamente no mês de março, chegando a R$ 405,00 por saca (60 kg). O café continua a escalada de alta de preço, subindo em 31,57% seu preço em março. Isso se dá pela continuidade da falta de chuvas que as regiões produtoras têm enfrentado. A perspectiva dos produtores é que o preço aumente ainda mais, por perdas na produção. Outra prova disso é que, na comparação com o igual período de 2013, a alta é de 35,75%.
A uva apresentou uma alta de 17,84% em seu preço no mês de fevereiro, em comparação a janeiro. A falta de chuvas que está acontecendo no sul do Brasil tem provocado perdas na produção de uva da região. Assim, o produto está tendo uma demanda maior que a oferta. Alem disso, segundo a EBDA de Juazeiro, as chuvas na região potencializam o aumento de cachos com doenças. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta é de 5,6%.
O mamão apresentou alta tanto em relação ao mês de fevereiro, com variação positiva de 13,75%, quanto na comparação com o mesmo período do ano passado, com variação positiva de 33,97%.
A laranja, depois de cinco meses com estabilidade de preço, sofreu incremento de 12,59%. A falta de chuvas está provocando uma produção abaixo do normal nas regiões produtoras do estado. O preço da laranja está em um patamar elevado, isso porque na comparação com o mesmo período do ano passado a alta é de 98,69%.
A manga parece ter chegado ao seu fim no ciclo de aumentos de preço. No mês de março, a variação do preço foi de apenas 0,75%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a taxa é de 2%.
Parece que o algodão estabilizou seu preço, já que o mês de março registrou queda de 1,22%. A tendência é que esse preço caia ainda mais, pois a colheita do algodão da safra 2014 já começou. Entretanto, na comparação com março de 2013, o preço encontra-se em alta, com aumento de 18,22%.
O cacau apresentou uma leve queda no mês de março em seus preços, saindo de R$ 103,58 para R$ 102,28, baixa de 1,26%. O preço do cacau, na comparação com o mesmo período do ano passado, é de 72% de aumento. Isso mostra que o mercado internacional do cacau ainda não se recuperou da quebra de safra ocorrida nos países africanos.
Por fim, o preço da soja caiu 3,47% devido ao início da colheita da safra de 2014. A tendência é que o preço caia ainda mais nos próximos meses, já que a colheita deve aumentar a oferta do produto. Em relação a março de 2013, o aumento foi de 14,65%.