Apesar da expansão de 6,6% no volume embarcado, as exportações baianas registraram, no primeiro semestre, queda de 5,6% em valor, alcançando US$ 4,43 bilhões. Pesaram para o resultado, a queda generalizada dos preços das commodities no mercado internacional e a redução nas vendas de produtos industrializados, principalmente carros para a Argentina, petroquímicos para os EUA e metalúrgicos para a China.
Apesar da apreciação mais recente do real, junho ainda registrou desvalorização cambial média de 3% em relação ao mesmo mês de 2013. Esse nível de desvalorização, porém, não foi suficiente para compensar os efeitos da queda de 12,2% nos preços de exportação. Pelo terceiro mês consecutivo os preços médios dos produtos exportados pelo estado continuaram caindo, chegando ao menor nível no ano (US$ 783 /ton.).
Em junho, as exportações do estado voltaram a apresentar queda de 4%, alcançando US$ 744,3 milhões, após terem reagido em maio. Cobre (-72%), automóveis (-27,1%) e celulose (-28%) foram os principais produtos responsáveis pela redução das vendas no mês. As vendas de produtos do agronegócio novamente impediram que o resultado fosse ainda menor ao registrarem crescimento de 5,8% mesmo com a queda de preços. A soja e o café, com aumento de 32,5% e 257%, respectivamente, foram os destaques. As vendas de derivados de petróleo também colaboraram positivamente com incremento de 56,5%.
Ao contrário das exportações, as importações baianas no primeiro semestre atingiram US$ 4,24 bilhões e crescimento de 4,9% frente a igual período do ano passado. Prevaleceram o aumento das compras de combustíveis em 33%, bens de capital em 5%, reflexo da maturação de investimentos, sobretudo na indústria e dos bens de consumo duráveis que aumentaram 25% principalmente veículos e produtos eletro-eletrônicos.
O resultado de junho, quando as importações tiveram queda de 22,6% ante junho/2013 indica a continuidade da desaceleração do crescimento da economia e de queda na demanda. O arrefecimento da produção industrial que registra queda de 2,8% no primeiro quadrimestre, já vem cortando boa parte do fôlego das importações. Matérias primas e insumos para a indústria tiveram redução de 5% nas compras do semestre, indicando um ritmo mais lento do crescimento das importações para os próximos meses. Na realidade, abstraindo os combustíveis, as importações apresentaram queda de 3,4% comparadas ao primeiro semestre de 2013.