As informações apuradas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, apontam que, no terceiro trimestre de 2015, o indicador do PIB baiano apontou queda de 1,9% na atividade econômica, na comparação com o mesmo trimestre de 2014. Já em relação ao segundo trimestre do mesmo ano, quando eliminadas as influências sazonais, a economia baiana aponta estabilidade (-0,1%). No acumulado do ano (janeiro a setembro), o nível de atividade econômica da Bahia recua 2,2%. De acordo com João Paulo Caetano, coordenador de Contas Regionais da SEI, os resultados do trimestre e do acumulado do ano foram determinados principalmente pela retração do desempenho da indústria da transformação baiana, e do setor de Comércio. “Os dados refletem o momento pelo qual passa a economia brasileira, onde se observou retração de 4,5% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Nesse sentido, temos uma redução no consumo das famílias, que se reflete tanto na produção industrial quanto nas vendas do comércio”, avalia Caetano.
Terceiro trimestre – No período, apenas o setor agropecuário registrou expansão (5,6%), onde se destaca o crescimento de 2,8% na produção de grãos e, especificamente, o desempenho positivo nas culturas de soja (40,5%), algodão (2,8%), café (10,8%) e feijão (4,7%). Já as culturas de mandioca (-1,8%), cacau (-21,2%) e milho (-1,1%) registraram queda em 2015.
O setor industrial, que tem peso de 20,0% na economia baiana, registrou queda de 0,5%, puxado pelas retrações de 6,6% na transformação, 1,4% na construção civil e 0,8% na extração mineral. O segmento da produção e distribuição de energia elétrica, gás e água foi o único com taxa positiva (3,2%).
Já serviços, principal setor da economia baiana (71,6%), teve retração de 1,2%. Contribuiu para essa queda o desempenho negativo nos segmento de comércio (-9,4%) e Transportes (-2,5%). Os resultados positivos dos segmentos Aluguel (2,8%) e Administração Pública (0,4%) amenizaram a queda de Serviços. O conjunto dos demais serviços da economia baiana registrou queda (-1,1%).