A Copa do Mundo deve somar cerca de R$ 30 bilhões à economia brasileira, de acordo com projeções realizadas pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). O estudo foi encomendado à entidade pelo Ministério do Turismo. O valor equivale a cerca de 0,6% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. E está próximo daquilo que eventos de grande porte, como a Olimpíada, trouxeram de incremento à economia de países que sediaram esses torneios.
A perspectiva foi baseada no impacto econômico da Copa das Confederações, realizada em junho de 2013, nas cidades de Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. O torneio do ano passado injetou R$ 9,7 bilhões ao PIB brasileiro.
A expectativa para este ano é de que a Copa – disputada em 12 cidades – gere cerca de três vezes este valor, chegando a R$ 30 bilhões. O estudo abrange impactos iniciais, diretos, indiretos e induzidos na economia do país e ouviu 17 mil pessoas.
No cálculo, utilizou-se a soma dos investimentos públicos e privados em infraestrutura (R$ 9,1 bilhões), dos gastos dos turistas nacionais (R$ 346 milhões) e estrangeiros (R$ 102 milhões) e dos investimentos do Comitê Organizador Local (COL) no evento (R$ 311 milhões).
Para o banco Itaú, o torneio deve incrementar o PIB entre 1% e 1,5% – efeito que começou em 2011, com o início das obras nas arenas e na infraestrutura urbana, resultado próximo do que ocorreu em outros países que sediaram o evento desde 1982.
Ainda de acordo com a Fipe, a Copa gerou cerca de um milhão de empregos no país, número obtido a partir das informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) entre janeiro de 2011 a março de 2014. Do total destas vagas, 710 mil são fixas e 200 mil são temporárias (embora todas estas vagas sejam com carteira assinada).