O índice que mede a confiança da indústria caiu 1,6% entre julho e agosto, passando de 69,1 para 68 pontos, o menor nível da série histórica mensal, que teve início em outubro de 2005, segundo informou nesta quarta-feira (26) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mês anterior, o indicador havia registrado alta de 1,5%.
“A queda do ICI em agosto sugere que a alta do mês passado teria sido um evento passageiro. Fatores desfavoráveis, como os estoques excessivos e a demanda interna fraca, ainda predominam amplamente sobre os favoráveis, como a desvalorização cambial, na construção de expectativas em relação aos próximos meses” afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu 0,5 ponto percentual em agosto, ao passar de 78,2% para 77,7%, o menor nível desde outubro de 1993 (77,1%).
De acordo com a pesquisa, a queda do índice de confiança foi determinada pela piora tanto das avaliações sobre o momento presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes.
O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 1,6% frente a julho, de 70,3 para 69,2 pontos, o segundo menor nível da série. O Índice de Expectativas (IE) também caiu 1,6%, atingindo 66,8, também o segundo menor valor da série.
Quanto ao nível de estoque das empresas, foi registrado aumento da proporção de empresas que se consideram com estoques excessivos, de 18,7% para 21,3%, e uma estabilidade da parcela de empresas com estoques insuficientes, que passou de 1,5% a 1,7% do total.