A concentração da produção de veículos nas mãos de poucas empresas vem mudando radicalmente o mapa do controle das montadoras no globo, influenciando suas estratégias e relações com suas redes de distribuição, cujos modelos tendem também à concentração.
O ritmo da concentração na indústria automobilística assume proporções que caminha para a fusão das marcas atuais em cinco ou seis grandes grupos, num curto espaço de tempo. Os benefícios microeconômicos viriam na forma de racionalização dos processos administrativos e produtivos, com redução significativa dos custos de transação das redes. Além do mais, a concorrência vem imprimindo crescente necessidade de redução de custos, tanto no desenvolvimento de tecnologia e de plataformas, quanto nos investimentos em produção, promoção e distribuição das marcas.
A contratação mundial de marcas em torno de poucos grupos, certamente, é reflexo do comportamento recente das economias centrais, que não comportam mais crescimento na sua produção, principalmente, o grupo dos 7 maiores países do mundo, que já possuem uma relação inferior a dois habitantes por veículo. O quadro internacional só comporta crescimento nas economias periféricas, por exemplo, o Brasil que concentra atualmente um maior número de montadoras que os Estados Unidos.
Luiz José Pimenta, Economista (FACCEBA), pós graduado em Administração Financeira (UMA-MG), Mestre em Análise Regional (UNIFACS), Doutor em Desenvolvimento Regional e Urbano (UNIFACS), Diretor Financeiro do Grupo MC- Distribuidor das marcas FORD, FIAT e RENAULT. Diretor Regional da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, Diretor do SINCODIV-BA. Especialista do setor automotivo. Coordenador do Comitê de Ciências e Tecnologia da ABRADIF – Associação Brasileira dos Distribuidores FORD. Presidente em 2010 e atual Conselheiro do Conselho Regional de Economia do Stado da Bahia (Corecon-BA).