Em novembro, a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador diminuiu, pelo terceiro mês consecutivo, ao passar de 17,3% para 17,0% da População Economicamente Ativa (PEA). Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto reduziu de 12,6% para 12,2% e a de desemprego oculto permaneceu relativamente estável, ao passar de em 4,7% para 4,8%. As informações foram captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela SEI em parceria com o Dieese, Seade e a Setre.
O contingente de desempregados no período foi estimado em 320 mil pessoas, 2 mil a menos que no mês anterior. Esse resultado deveu-se ao aumento na ocupação (21 mil pessoas), em número superior ao crescimento na PEA (19 mil). O número de ocupados também aumentou em novembro (1,4%), passando de 1.541 mil para 1.562 mil pessoas. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, houve crescimento no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (19 mil ou 6,6%) e, com menor intensidade, na Construção (2 mil ou 1,3%), e relativa estabilidade no setor de Serviços (2 mil ou 0,2%), enquanto na Indústria de transformação não teve variação.
Segundo o tipo de inserção ocupacional, o contingente de trabalhadores assalariados aumentou no mês de novembro (23 mil ou 2,2%). O nível ocupacional se elevou no setor privado (16 mil ou 1,8%) e no setor público (7 mil ou 4,5%). No setor privado, o número de ocupados cresceu entre aqueles com carteira assinada (10 mil ou 1,3%) e entre os sem carteira (6 mil ou 5,6%). Registrou-se aumento no contingente de trabalhadores do agregado Outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (4 mil ou 6,6%) e decréscimo entre os trabalhadores autônomos (4 mil ou 1,3%) e no contingente de empregados domésticos (2 mil ou 1,6%).
No mês de outubro, o rendimento médio real aumentou para os ocupados (1,4%) e para os assalariados (1,7%). Seus valores passaram a equivaler R$ 1.264 e R$ 1.365, respectivamente.
No mesmo período, a massa de rendimento médio real elevou-se para os ocupados (1,9%) e para os assalariados (3,3%). Entre os ocupados, o incremento derivou da elevação no rendimento médio real e, em menor proporção, no nível ocupacional. No caso dos assalariados, o acréscimo resultou de elevações do rendimento médio real e do nível de ocupação.
COMPORTAMENTO EM 12 MESES – Em relação a novembro de 2013, a taxa de desemprego total permaneceu relativamente estável, ao passar de 16,9% para os atuais 17,0% da PEA. Esse resultado deveu-se ao acréscimo do desemprego oculto, de 4,4% para 4,8%, já que o desemprego aberto reduziu de 12,5% para 12,2%.
No mesmo período, o contingente de desempregados passou de 317 mil para 320 mil pessoas. Esse pequeno crescimento no número de desempregados resultou do aumento População Economicamente Ativa (5 mil) superior ao acréscimo do número de ocupados (2 mil). A taxa de participação diminuiu de 59,6% para os atuais 58,7%.
Nos últimos 12 meses, o número de ocupados ficou em relativa estabilidade (0,1%) (Tabela 2 e Gráfico 2), passando de 1.560 mil pessoas para 1.562 mil. Entre os principais setores de atividade econômica analisados, o nível ocupacional elevou-se nos Serviços (26 mil ou 2,8%) e na Construção (3 mil ou 2,0%); e reduziu-se no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (5 mil ou 1,6%) e, de modo mais intenso, na Indústria de transformação (18 mil ou 13,4%).
Segundo a posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado cresceu (26 mil ou 2,5%), devido à elevação do emprego no setor privado (13 mil ou 1,4%) e, em maior proporção, no setor público (13 mil ou 8,8%). No setor privado, registrou-se aumento no número de assalariados com carteira de trabalho assinada (19 mil ou 2,4%) e decréscimo no de sem carteira (6 mil ou 5,0%). Houve redução no contingente de trabalhadores Autônomos (22 mil ou 6,9%) e no agregado Outras posições ocupacionais, que incluem empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (2 mil ou 3,0%), enquanto permaneceu estável o número de empregados Domésticos.
Entre outubro de 2013 e de 2014, o rendimento médio real aumentou para os ocupados (2,3%) e para os assalariados (3,2%). Na mesma base de comparação, a massa de rendimentos elevou-se entre os ocupados (0,9%) e entre os assalariados (3,1%).